Falar das folhas no culto afro-brasileiro é muito complexo, pois nas diversas nações que existem dentro do culto, as folhas recebem nomes e funções diferentes.
As folhas (Ewé) que eu vou falar estão relacionadas dentro do culto Nagô, com destaque para algumas folhas especiais. Também quero falar que uma folha de determinado orisá entra também no culto de outro, pois existe combinações de folhas de um orisá para o outro.
A nomenclatura das folhas, tanto em português quanto em yoruba, varia muito, mas vamos destacar os nomes mais populares.
O Orisá dono das folhas é Osain, orisá do sexo masculino, que quer dizer: "Dia glorificado ou manhã glorificada". Já que o dia é glorificado, diziam nossos ancestrais, as folhas devem ser colhidas pela manhã, nunca à tarde, ficando também neutro o dia de Osalá (Sexta-feira), para a colheita das nossas ervas sagradas.Os sacerdotes do culto de Osain recebem os seguintes Oyes: BABÁLOSANYIN, OLOSANYIN, SANGI, ONISEGUN
Quando saímos para colher as folhas, devemos levar oferendas ao orisá dono delas, para agradecer, pois estamos levando as folhas sagradas para o culto, também quando formos para o habitat (mata) de Osain, devemos respeitar o que é de mais precioso para o candomblé, não danificando as arvores, pois nós do culto temos que dar exemplo de preservação do eco sistema.

NÃO EXISTE ORISÁ SEM FORÇA DA NATUREZA.
As folhas são constantemente louvadas dentro dos cultos.
Existe um velho provérbio nagô que diz:

"KOSI EWÉ
KOSI OMI

KOSI ORISA" 

 

SEM A ERVA

SEM ÁGUA

NÃO HÁ ORISÁ